RESTAURANDO UMA CLÁSSICA.
A algum tempo fiz uma compra no Mercado
Livre de uma Jungle King 1 que estava bem detonada, faltavam partes do conteúdo
externo da bainha, como corda, pedra de afiar, cordão de perna com a
abotoadura, o kit do cabo era quase todo trocado, mas a estrutura da faca
parecia em ordem e as partes faltantes poderiam todas ser substituídas se
encomendadas da Espanha pois lá existem diversos fornecedores de
"repuestos" para estas facas.
Negociei um desconto com o vendedor e
efetuei a compra, agora era só esperar a dita cuja chegar, fazer a verificação
do que faltava para fazer o pedido.
Embora nas fotos não conseguisse ver
direito o grind e o fio da faca pois estas eram realmente muito mal
tiradas mas não imaginei que isso pudesse me trazer alguma surpresa,
especialmente por esse modelo ser de um período que a muito eu estava buscando
que é o hibrido dos anos 90 que, além de serra de almena, ainda possuía o
desbaste na lateral da lâmina que facilita a entrada desta no material serrado.
Aguardei com ansiedade o dia da chegada
da encomenda até que pude colocar as minhas mãos no pacote e, ao
desembrulha-lo, a surpresa. O antigo dono havia “afiado” a dita faca com um
esmeril rotativo. Dá pra imaginar a decepção e desapontamento que tive ao notar
a desgraceira que estava a peça.
Deste
lado podemos ver que tanto o grind quanto o fio da faca estão muito avariados
e, creio eu, que só não estavam piores por que a dureza do aço dificultou os
trabalhos do esmeril.
Deste
lado, embora a desgraça fosse menor um pouco, pode-se notar que não seria
qualquer trabalho com uma pedra de afiação que a faria voltar ao seu
resplendor.
Aqui
uma foto do conjunto onde se pode notar o que falta para completar o jogo:
Corda da bainha; cordas de perna com a abotoadura; Pedra de afiar; Kit completo
de dentro do cabo, incluindo a mola espiral; frasco para antisséptico; borracha
com malha e, inclusive, a corda de punho que vem atada à tampa.
Creio que dá pra se ter uma ideia da
decepção observando as fotos acima.
Uma vez eu li em algum lugar, acho que
essa frase é atribuída a Einstein, mas não posso ter certeza se foi ele mesmo
quem a proferiu:
“_A inteligência humana tem limites.
_A estupides não.”
Achei a frase perfeitamente aplicável a
esta ocasião.
Bom, a peça já estava nas minhas mãos e
eu não iria devolvê-la, então, o que fazer para remediar a situação?
O começo.
Eu sempre achei os grind’s das facas da
AITOR um tanto quanto obtusos, haja vista que estas facas são feitas para
trabalhos pesados e quanto mais oblíquos são estes grind’s, mais frágeis serão
os fios, mas talvez essa fosse a chance de eu dar uma ajeitada nas coisas pois
algo deveria ser feito em relação à desgraceira que estava instaurada e eu
preferiria uma faca com um grind polido do que com ele arruinado, então me
preparei para fazer uma restauração/customização da faca.
Passei em uma loja de ferragens e
comprei algumas dezenas de lixas de várias granaturas, uma espátula para lixas,
pelo menos uma dezena de limas de picado simples e riscado médio e fino e,
fitas adesivas.
Fim de semana, a esposa e a filha viajam
para uma reunião de família e eu estou sozinho em casa, ambiente perfeito para
total concentração no trabalho. Mãos à obra. Logo de cara percebi que isso não
iria ser moleza. Com a faca devidamente presa à bancada por um sargento tipo
pistola com os mordentes protegidos com uma luva de uma borracha dei-lhe cana
com uma lima de picado médio que antes de começar já tinha se esvaído. Procurei
em minha caixa de ferramentas onde eu sabia que tinha uma enorme lima bastarda
de picado cruzado que era osso duro e recomecei a labuta. 1, 2, 3, 4 horas de
lixamento usando um gabarito ou jig como alguns chamam para que a lima não
saísse da angulação que eu desejava e senti que era hora de voltar à lima
intermediária. Depois de mais três limas inutilizadas passei para as limas de riscado
fino e, depois de 4 limas consegui retirar os riscos mais grotescos feitos pelo
esmeril rotativo e fazer aparecer uma suave rebarba do lado oposto do fio,
resultado do que julgo ser o ponto onde os dois lados do ângulo de afiação
devem se encontrar. Era hora ,então, de passar às lixas. Começando com uma de
gramatura 120, passando a uma 160, para a 180, para a 240, parra a 300 e finalizando na 500. Hora
de começar do outro lado.
Nem me dei conta mas já passava de meia
noite e tinha, ainda, que guardar todas as ferramentas e tomar um bom banho
antes de cair na cama pois o trabalho foi realmente de arrancar suor em bicas.
8:00hs. Da manhã seguinte, depois de
aprontar aquela garrafa de café e comer um desjejum bem substancioso, era hora
de recomeçar os trabalhos do outro lado da lâmina.
A repetição de todo o trabalho do dia
anterior até cerca de 11:00 da manhã e uma pausa para a refeição, como não
tinha ânimo para a cozinha e, ainda ficar lavando louças depois, uma boa
marmita de uma churrascaria próxima à minha casa ainda sobrou para as duas
companheiras Greta e Hannah (as minhas cachorrinhas de
estimação).
Tudo se repetiu até às 16:00 hs quando,
bem próximo do esgotamento devido ao clima quente e à repetitividade do
trabalho, senti que já havia uma fina rebarba do lado oposto do fio, anunciando
que era hora de parar com os serviços de execução do grind e passar ao
polimento.
Aqui temos uma vista da faca total, onde se destaca
o fio polido em relação ao corpo da faca e cabo foscos.
Nesta visão mais aproximada, chama a atenção duas
particularidades, a primeira, a altura do grind que agora chega a pouco mais de ¼ da
largura total da lâmina e a segunda coisa, o fato de haver uma curvatura no
polimento mais junto ao ricasso.
Como podem verificar pela foto, o grind
ficou mais oblíquo e perfeitamente polido, embora ao pé do fio, próximo ao
ricaço não foi possível subir o grind
devido ao fato de que a lâmina sofre um rebaixo mais acentuado nestas
imediações, então, quando se faz a retirada de material usando gabaritos, é
possível se notar esse efeito pois o grau do grind fica o mesmo em todo o
prolongamento do grind, mesmo assim, neste ponto ele não parece tão acentuado.
Isso me faz crer que o desbaste em forma de “partial flatt” não seja feito de
forma uniforme em toda a lateral da lâmina e o que me desaponta enormemente
devido ao fato de que essa graduação é que será a responsável por a lâmina da
faca penetrar de maneira mais efetiva dentro dos materiais serrados e, se isso
é apenas feito na base da lâmina, essa habilidade desta lâmina é algo que seria
somente “pra inglês ver” ou um engodo. Então, farei testes ao final deste texto
para comprovar essa teoria.
Embora essa configuração de fio polido
não seja desagradável aos olhos e a deixe com o aspecto da faca de um certo
personagem de filme de ação dos anos 80, eu não conseguia olhar para a mesma
sem pensar em efetuar o fosqueamento desta parte da lâmina para tentar
originalizar o máximo possível. Em uma conversa com um amigo professor de
química (na verdade, mestre em química, instrutor de marcenaria, elétrica e
especialista em armas leves graduado pelo exército brasileiro), e este me falou
sobre uma composição de ácidos que poderia deixar a lâmina com aquele aspecto
mas poderia escurece-la um pouco, a depender de qual graduação de carbono
houvesse na composição do aço, então, tudo era um risco.
Como eu já possuía uma faca AITOR que,
ao tentar tirar alguns riscos, eu consegui escurece-la, mostrei-a a esse amigo
e ele me falou de um maravilhoso produto que tinha a capacidade de branquear
aços inoxidáveis, mesmo os aços jateados ou foscos, embora esse produto fosse
muito caro. O nome do tal produto é... pasta de dentes.
Difícil decisão.
Aquela configuração de fio polido não me
agradava e isso já estava me causando insônia.
Resolvi partir para a alternativa
drástica. Compramos os produtos, todos com o CRQ deste meu amigo pois produtos
com composição ácida são empregados para a confecção de explosivos e, portanto,
precisam de pessoas habilitadas para a sua aquisição e manipulação, por isso
não menciono aqui a composição e a proporção de cada elemento para exatamente
não propagar informações que possam ser de alguma forma utilizadas de forma
errada ou causar algum acidente aos leitores.
Após a chegada de todos os elementos, me
reuni com esse amigo em sua residência onde ele possui um laboratório
devidamente apropriado para a manipulação dos elementos em questão e fomos
fazer a formulação para o líquido desejado mas, antes disso, tomamos o cuidado
de colar uma fita adesiva em toda a parte da faca que não pretendíamos que
entrasse em contato com o ácido para não danificar as inscrições ou que pudesse
perder as suas arestas vivas devido ao ataque do produto pois, se este é capaz
de fosquear uma superfície polida de aço inoxidável, logicamente causa uma
certa corrosão a esta superfície, logo, pode sim causar um desgaste a partes com
arestas com ângulos mais agudos.
Como não sabíamos ao certo quão rápido
esses elementos faria, decidimos fazer mergulhos rápidos e já levarmos à água
corrente para neutralização do produto o mais rápido possível, então, assim
procedemos. O que ocorreu foi que a ação dos ácidos foi tão lenta que nada
causou â superfície do aço, o que nos levou a um banho algo mais lento de cerca
de 5 segundos apenas e novo banho em água corrente. Neste caso o ataque pode
ser percebido mas de forma muito suave, o que nos levou a decidir por um banho
de 20 segundos seguidos do banho em água corrente. O ataque foi cerca de metade
do desejado, então, optamos por mais um banho de 20 segundos que, ainda assim
não deu o resultado esperado, porém, o terceiro banho de 20 segundos causou o
efeito desejado e, depois da lavagem em água corrente deixou a lâmina com o
aspecto desejado, apenas mais escura que o pretendido, efeito que eu pretendia
retirar com a aplicação de pasta dental futuramente.
Crendo eu que os trabalhos em ácido
estavam concluído, retirei as proteções de fita adesiva e pude notar que,
embora eu tenha sido muito cuidadoso com a tarefa de colagem destas fitas ou a
confecção de máscaras que é o nome que se dá a essa tarefa, mas algo não ficou
muito bem aplicado, talvez devido às muitas lavagens que tivemos que dar para
fazer a verificação da qualidade dos trabalhos, pois o ácido penetrou em alguns
pontos por baixo da fita e causou o fosqueamento irregular da região do fio
onde eu pretendia que permanecesse polido. Bom, nem tudo correu perfeitamente
como desejado.
As duas fotos foram batidas da mesma posição e
horário, apenas uma com flash e outra sem o mesmo para uma melhor noção do
resultado.
Lado oposto da lâmina.
Talvez devido à decepção causada pelo
ácido ter penetrado por baixo da fita adesiva, que eu não mencionei antes mas
não é uma fita adesiva qualquer, mas sim uma de teflom para não sofrer o ataque
dos ácidos, embora o adesivo da mesma parece não respeitar essa qualificação.
Manhã seguinte eu apanho a faca para
fazer o clareamento com a pasta dental e tenho outra decepção. Talvez ainda
inebriado pela penetração do ácido sob a fita ter deixado a aparência do fio da
forma como ficou, mas creio que eu não procedi a limpeza correta do produto ou
talvez isso tenha sido um efeito póstumo mesmo do ácido, mas o fato é que a
coloração da parte afetada pelo ácido estava bem mais escura que no dia
anterior. Faço a lavagem da peça com detergente e uma buchinha Scoth Bright
utilizando somente a parte macia da mesma e seco com um pano e depois com o
secador de cabelos da esposa que não gostou muito mas... termino o serviço.
Finalização da restauração.
Faço a aplicação de pasta dental diluída
com água na proporção três por um (três de água para um de pasta) e aplico com
um paninho somente sobre a superfície escurecida e deixo secar por cerca de
meia hora. Umedeço um pano e venho limpando e ops... não é que a coisa funciona
mesmo. A coloração agora parece muito mais com a que eu deixei na noite
anterior do que a que amanheceu com ela. Aplico mais três demãos da mesma
forma, sempre com um espaço de meia hora, secando ao sol e depois procedo a
limpeza com um pano úmido.
Os resultados são vistos nas fotos a
baixo.
Foto retirada imediatamente após a retirada da pasta
dental, ainda sem lavar apropriadamente.
Close da parte do fio onde o grind havia ficado
menos desbastado e as marcações remanescentes do esmeril rotativo no fio depois
da afiação apropriada em um jig para esta finalidade
Nesta foto e neste ângulo, quase não se nota a
diferença de coloração entre o grind e a lâmina.
Neste ângulo é mais perceptível a área afetada pelo
ácido, mas, pela experiência, é possível dizer que com alguns meses de
utilização da faca, nem a diferença de coloração nem as marcações no fio serão
mais notados, haja vista que quando se utiliza a faca, a parte mais afetada e,
portanto a que sofrerá um maior grau de polimento por uso é exatamente o fio e
o grind.
Recompondo as partes faltantes.
Enquanto efetuava os trabalhos de
restauração da lâmina, também procurava os referidos “repuestos” para deixar a
minha faca o mais original possível. Em uma busca apropriada na internet,
encontrei uma cutelaria espanhola, na verdade uma “cuchilleria” de nome
Cuchilleria Soto, que vende o material desejado a preços bem em conta e que se
deu o trabalho de me responder. Após breve contato com a Sra. Laura Soto e esta
me informou os custos de envio e o procedimento de compra. Como não consta
envio para exterior no site da empresa, eu efetuei a compra de um equipamento
hipotético de valor igual ao do envio, só que esta não embalaria o mesmo,
ficando esse material por conta da remessa. O envio a partir da Espanha foi
feito no dia seguinte à confirmação de compra e a chegada ao Brasil se deu em
menos de duas semanas na aduana de ... Curitiba.
Zzzzzzzzzzzzzzzzz.
De lá para cá foram cerca de um mês e
meio para a fiscalização fazer os tramites legais e liberar sem taxação devido
ao baixo custo e re-enviar aos correios que levou mais (pasmem) 40 dias para
que o produto chegasse até as minhas mãos em Campo Mourão a 500 km de Curitiba.
É ou não é um descaso.
Enfim. O pacote chegou até as minhas
mãos e neles havia:
2 cápsulas de sobrevivência com os itens
que vem dentro do cabo;
1 rolo de corda para a bainha;
1 corda de perna com a abotoadura (eu
queria comprar mais duas mas infelizmente não tinha);
2 frascos plásticos para fármacos pois
além desta faca eu tenho mais uma que está sem, ou melhor dizendo, que a tampa
quebrou-se;
Esse pacotinho não é a embalagem original pois além
de três pacotes de plástico bolha, ainda veio com um invólucro de papelão
corrugado, uma caixinha deste mesmo papelão e uma boa camada de papel pardo de
muito boa qualidade, o que denota que o fornecedor teve muitos cuidados para
que nada acontecesse ao conteúdo da encomenda.
Estas são as partes que solicitei
exatamente da forma comoo foi pedido, sem erros ou dúvidas. Meus mais cincerros
agradecimentos à Sra. Laura Soto da “CUCHILLERIA SOTO”, pela atenção dispensada
e pelo esmero no atendimento.
A única coisa que eu não fiz questão de
comprar nesse pedido foi a borracha para a atiradeira com a malha pois esse item possui a malha que é feita de
uma espécie de silicone que resseca-se com muita rapidez e, portanto, eu
preferí montar o conjunto com um bom couro que é o mais usual no Brasil e que
tem se provado de muita eficácia ao longo dos anos
Aqui vale fazer um aparte sobre os novos
kits de facas da AITOR Jungle King, os dois kits que eu recebi são diferentes
entre si, embora ambos originais e, também, diferentes dos originais do início
do período de fabricação destas facas e vale salientar que, o kit original da
faca em período PIELCU é de pior qualidade do que o do período atual ou REHABE,
mas ainda é melhor do que o kit anterior, do primeiro período de produção
destas facas. Nos primeiros kits, haviam dois bandayds ou “tiritas” como são
chamados esses curativos adesivos pelos espanhóis, nos kit pós PIELCU, a
empresas passou a colocar quatro destes curativos, na minha opinião, ótimo pois
eu sei o quanto um leve corte no dedo ou na palma da mão, ou, ainda, o quanto
uma bolha no calcanhar pode causar de contratempo e incômodo em um acampamento,
além do mais, se cabia isso lá, porque não coloca-lo.
Nos kits mais novos
das facas, o kit de pesca vem dentro de um pequeno saquinho plástico e nos mais
antigos, além das chumbadas virem soltas dentro da cápsula, a linha com anzóis
vinha com uma fina tira de fita adesiva fazendo uma cintura no rolo, o que deixa
a mesma exposta à ação da lâmina de bisturi que também vinha desnuda ou, sem
proteção alguma e esta poderia, além de cortar essa linha, ainda infectar-se
devido ao contato com anzóis e chumbada, somente no kit mais novo é que a AITOR
passou a colocar estes bisturis embalados. Ponto para a REHABE. Outra coisa que
não sei se foi para bém ou para mal é o fato de as agulhas com a linha que
antes, nos dois primeiros kits, vinham confinados dentro de uma pequena cápsula
plástica com tampa por pressão, agora passaram a vir soltas dentro da cápsula
maior, provavelmente para abrir espaço para a embalagem da lâmina de bisturi,
eu realmente não sei, o fato é que até as agulhas melhoraram de qualidade e as
que equipam o conjunto agora tem a parte posterior, por onde passa a linha, na
coloração dourada e eu não sei o real motivo para isso mas na minha opinião, em
que a vista já não é lá aquelas coisas, eu acho que auxilia em muito a tarefa
de passar a linha pois torna mais visível o orifício devido ao contraste dessa
parte dourada.
Nesta foto é possível ver o kit
completo que acompanha a cápsula e onde nota-se o kit de pesca todo embalado e
a quantidade de quatro “tiritas adesivas”
Aqui podemos observar que, além da
troca da marca das “tiritas”, continuam sendo colocadas em número de quatro e,
além da lâmina de bisturi vir completamente hermética e estéril, ainda temos as
agulhas de costura e a linha desprotegidas dentro da cápsula.
Como a pedra de afiar é praticamente impossível
de se comprar avulsa, eu comprei uma maior, da marca Carborundum, de mesma gramatura
e levei a um outro amigo que possui uma marmoraria e solicitei a ele que
cortasse nas dimensões da original, as quais eu tomei a partir de outras JKI
que possuo. Embora eu saiba que estou fazendo o possível para originalizar a
dita faca, mas eu não colei esta pedra à bainha no lugar da original por dois
motivos: O primeiro é que, se eu conseguir um contato com a AITOR/REHABE para
fazer a encomenda das partes que me faltam das demais facas desta fabricante,
eu posso incluir no conjunto uma pedra original; O segundo é o fato de que esta
pode ser a oportunidade adequada para que eu faça a compra de alguns afiadores
diamantados que tem um tamanho aproximado para que eu possa instalar esse
afiador, de muito melhor qualidade que as citadas pedras, para incorporar ao
conjunto. Outra boa pedida seriam as famosas pedras de cerâmica e, se fizer o uso
casado com um afiador de diamante e uma pedra cerâmica, isso seria o melhor dos
mundos, mas ai, a originalidade vai pro espaço.
Bom, isso foi o que pude fazer de
melhor, por enquanto, nessa clássica guerreira de sobrevivência.
O conjunto inteiro montado, com
exceção da pedra de afiar que está por baixo da corda.
Espero que tenham gostado da leitura e
apreciado os meus esforços.
Qualquer sugestão ou dúvidas, podem
postar nos comentários que, mesmo que demore um pouco, mas eu responderei a
todos.
Hola amigo: excelente labor en la recuperación de ese gigante_ sería muy interesante que pudieras darnos las medidas del espacio donde se coloca la piedra de afilar que viene de fábrica, tanto en ancho y largo como -y sobre todo- la profundidad, para hacernos una idea de con qué elemento sustituírle para mejorar las prestaciones de afilado. Hay quienes señalan colocar limas de relojero o similares para realizar un mejor afilado, pero no estoy seguro de qué resultados obtendrían en el campo sobre un acero tan "cerrado" como el trabajado con Molibdeno_ abrazo y gracias desde ya!
ResponderExcluirOlá Cristian.
ExcluirA pedra de afiação tem 78x29x3 mm.
As limas não são eficientes pois estas limas de relojoeiro tem os frisos (picados em umalinguagem técnica em português) muito finos e deslisarão sobre o aço apenas riscando o acabamento. Pedras de cerâmica são escelentes e os famosos afiadores diamantados também.
Lembro você que eu utilizei limas para fazer a restauração na Jungle King I que comprei que veio com dentes no fio, mas acredite, é trabalho realmente muito duro pois as limas costumam ter entre 60 e 62 pontos na escala rokwell e as facas aitor podem chegar a 58 pontos, então, como pude comprovar, é possível desgastar as lâminas da AITOR com limas mas uma coisa é certa...vai sofrer.
Abraços.
Sandro
Muchas gracias por esta respuesta: pensaba teóricamente que en cuchillos sin tanta dureza Rockwell -o sin el tratamiento de Molibdeno- quizás no serían tan mala idea, pero en base a tus líneas quizás deba dejarlas de lado y simplemente conseguir una buena chaira pequeña_ Abrazo Sandro
ResponderExcluirQue bom que pude ajudá-lo de alguma forma Cristian.
ResponderExcluirUm forte abraço
Hola! nuevamente con preguntas raras... ¿qué crees conveniente para retirar la pátina de pintura negra que traen los modelos copias de estos cuchillos? sería magnifico retirarles ese color bastante horrible y dejarlos en un acero mate tal cual has hecho en este trabajo de restauración_ un abrazo cordial y mi condolencia por lo que está ocurriendo en el Amazonas, cosa que realmente no logro comprender.
ResponderExcluirOlá novamente Cristian. Como te escreví por e-mail, são tempos muito corridos então, me perdoe pela demora em respondê-lo mas, saiba que é sempre um prazer trocar algumas linhas com você. Primeiramente, você pode conseguir um efeito parecido utilizando jato de areia, eu conversei com um conhecido aqui que faz jateamento artístico em vidro, mas ele me falou do risco que é não saber a pressão exata do jato e nem da granulometria da areia. No segundo caso, é fácil de resolver pois basta usar peneiras com mesh diferentes e fazer o jateamento em peças de aço ao carbono mesmo, tais como molas de automóvel e outros de comprovada dureza, ai você observa com um conta fio, que é uma espécie de lupa que se dobra de uma forma que permite a você contar quantos pontos por milímetro cabem com aquela grossura de areia, mas no segundo caso, é necessário um jato com controle de pressão, o que não havia a possibilidade de se conseguir por aqui, então, ao entrar em contato com esse amigo meu, ele me falou de ácidos que, combinados poderiam causar efeito semelhante, um deles é o ácido muriático, que é um ácido bastante comum, misturado ao ácido cianídrico, mas a mistura pode ser explosiva se não feita nas proporções adequadas e em ambiente controlado, portanto ele adiciona um outro elemento antes que atenua as condições de ambos os ácidos, mas eu não tenho conhecimento de qual elemento é esse e tampouco de quais proporções ele criou esse líquido, portanto, se tiver o interesse em fazer isso, eu sugiro que procure alguém com formação acadêmica em química para não correr o risco de algum acidente de proporções desconhecidas.
ResponderExcluirEspero ter lhe sido de alguma ajuda.
Um forte abraço.
Sandro.
Un gusto para mí: pero por lo pronto voy a desistir de realizar mezclas potencialmente explosivas en casa...imaginarás los porqué_ Gracias Sandro!
ResponderExcluirEntão, caro Cristian. Eu mesmo só tentei isso com apoio de um químico, na verdade, mestre em química pois esse meu amigo tem mestrado e já realizou muitas experiências com alunos do SENAI onde ministrava aulas para técnicos e eu mesmo não pus a mão em nada, ele só me deixou assistir com vários aparatos de segurança, como avental de PVC, luvas do mesmo material e óculos de segurança. Ácido é uma das coisas que mais tenho medo, só perde para eletricidade. KKKKK.
ResponderExcluirUm abraço.
Sandro.
Que crime colocar uma faca dessas em um esmeril :(
ResponderExcluirEu não uso nem pedra de afiar, afio minhas facas, plaina e
formões em lixas d'agua sobre uma superfície plana e fixa,
sempre ficam como navalha. As facas depois de uma chairada e
um polimento do fio no meu cinto de couro ficam cortando a barba!
Mas eu não nasci sabendo isso, eu já fui um assassino de facas kkkk
Creio que todos fomos assassinos de facas algum dia. kkkkk.
ResponderExcluirAté aprendermos temos que cometer alguns erros e sacrificar alguma coisa.
Abraços.
Sandro.