sábado, 30 de dezembro de 2017

RESTAURANDO UMA CLÁSSICA

RESTAURANDO UMA CLÁSSICA.

A algum tempo fiz uma compra no Mercado Livre de uma Jungle King 1 que estava bem detonada, faltavam partes do conteúdo externo da bainha, como corda, pedra de afiar, cordão de perna com a abotoadura, o kit do cabo era quase todo trocado, mas a estrutura da faca parecia em ordem e as partes faltantes poderiam todas ser substituídas se encomendadas da Espanha pois lá existem diversos fornecedores de "repuestos" para estas facas.
Negociei um desconto com o vendedor e efetuei a compra, agora era só esperar a dita cuja chegar, fazer a verificação do que faltava para fazer o pedido.
Embora nas fotos não conseguisse ver direito o grind e  o fio da faca pois estas eram realmente muito mal tiradas mas não imaginei que isso pudesse me trazer alguma surpresa, especialmente por esse modelo ser de um período que a muito eu estava buscando que é o hibrido dos anos 90 que, além de serra de almena, ainda possuía o desbaste na lateral da lâmina que facilita a entrada desta no material serrado.

Aguardei com ansiedade o dia da chegada da encomenda até que pude colocar as minhas mãos no pacote e, ao desembrulha-lo, a surpresa. O antigo dono havia “afiado” a dita faca com um esmeril rotativo. Dá pra imaginar a decepção e desapontamento que tive ao notar a desgraceira que estava a peça.

Deste lado podemos ver que tanto o grind quanto o fio da faca estão muito avariados e, creio eu, que só não estavam piores por que a dureza do aço dificultou os trabalhos do esmeril.

Deste lado, embora a desgraça fosse menor um pouco, pode-se notar que não seria qualquer trabalho com uma pedra de afiação que a faria voltar ao seu resplendor.

Aqui uma foto do conjunto onde se pode notar o que falta para completar o jogo: Corda da bainha; cordas de perna com a abotoadura; Pedra de afiar; Kit completo de dentro do cabo, incluindo a mola espiral; frasco para antisséptico; borracha com malha e, inclusive, a corda de punho que vem atada à tampa.

Creio que dá pra se ter uma ideia da decepção observando as fotos acima.
Uma vez eu li em algum lugar, acho que essa frase é atribuída a Einstein, mas não posso ter certeza se foi ele mesmo quem a proferiu:
“_A inteligência humana tem limites.
_A estupides não.”
Achei a frase perfeitamente aplicável a esta ocasião.
Bom, a peça já estava nas minhas mãos e eu não iria devolvê-la, então, o que fazer para remediar a situação?

O começo.
Eu sempre achei os grind’s das facas da AITOR um tanto quanto obtusos, haja vista que estas facas são feitas para trabalhos pesados e quanto mais oblíquos são estes grind’s, mais frágeis serão os fios, mas talvez essa fosse a chance de eu dar uma ajeitada nas coisas pois algo deveria ser feito em relação à desgraceira que estava instaurada e eu preferiria uma faca com um grind polido do que com ele arruinado, então me preparei para fazer uma restauração/customização da faca.
Passei em uma loja de ferragens e comprei algumas dezenas de lixas de várias granaturas, uma espátula para lixas, pelo menos uma dezena de limas de picado simples e riscado médio e fino e, fitas adesivas.
Fim de semana, a esposa e a filha viajam para uma reunião de família e eu estou sozinho em casa, ambiente perfeito para total concentração no trabalho. Mãos à obra. Logo de cara percebi que isso não iria ser moleza. Com a faca devidamente presa à bancada por um sargento tipo pistola com os mordentes protegidos com uma luva de uma borracha dei-lhe cana com uma lima de picado médio que antes de começar já tinha se esvaído. Procurei em minha caixa de ferramentas onde eu sabia que tinha uma enorme lima bastarda de picado cruzado que era osso duro e recomecei a labuta. 1, 2, 3, 4 horas de lixamento usando um gabarito ou jig como alguns chamam para que a lima não saísse da angulação que eu desejava e senti que era hora de voltar à lima intermediária. Depois de mais três limas inutilizadas passei para as limas de riscado fino e, depois de 4 limas consegui retirar os riscos mais grotescos feitos pelo esmeril rotativo e fazer aparecer uma suave rebarba do lado oposto do fio, resultado do que julgo ser o ponto onde os dois lados do ângulo de afiação devem se encontrar. Era hora ,então, de passar às lixas. Começando com uma de gramatura 120, passando a uma 160, para a 180, para a  240, parra a 300 e finalizando na 500. Hora de começar do outro lado.
Nem me dei conta mas já passava de meia noite e tinha, ainda, que guardar todas as ferramentas e tomar um bom banho antes de cair na cama pois o trabalho foi realmente de arrancar suor em bicas.
8:00hs. Da manhã seguinte, depois de aprontar aquela garrafa de café e comer um desjejum bem substancioso, era hora de recomeçar os trabalhos do outro lado da lâmina.
A repetição de todo o trabalho do dia anterior até cerca de 11:00 da manhã e uma pausa para a refeição, como não tinha ânimo para a cozinha e, ainda ficar lavando louças depois, uma boa marmita de uma churrascaria próxima à minha casa ainda sobrou para as duas companheiras Greta e Hannah (as minhas cachorrinhas de estimação).
Tudo se repetiu até às 16:00 hs quando, bem próximo do esgotamento devido ao clima quente e à repetitividade do trabalho, senti que já havia uma fina rebarba do lado oposto do fio, anunciando que era hora de parar com os serviços de execução do grind e passar ao polimento.

Aqui temos uma vista da faca total, onde se destaca o fio polido em relação ao corpo da faca e cabo foscos.

Nesta visão mais aproximada, chama a atenção duas particularidades, a primeira, a altura do grind que agora chega a pouco mais de ¼ da largura total da lâmina e a segunda coisa, o fato de haver uma curvatura no polimento mais junto ao ricasso.

Como podem verificar pela foto, o grind ficou mais oblíquo e perfeitamente polido, embora ao pé do fio, próximo ao ricaço não foi possível subir o grind  devido ao fato de que a lâmina sofre um rebaixo mais acentuado nestas imediações, então, quando se faz a retirada de material usando gabaritos, é possível se notar esse efeito pois o grau do grind fica o mesmo em todo o prolongamento do grind, mesmo assim, neste ponto ele não parece tão acentuado. Isso me faz crer que o desbaste em forma de “partial flatt” não seja feito de forma uniforme em toda a lateral da lâmina e o que me desaponta enormemente devido ao fato de que essa graduação é que será a responsável por a lâmina da faca penetrar de maneira mais efetiva dentro dos materiais serrados e, se isso é apenas feito na base da lâmina, essa habilidade desta lâmina é algo que seria somente “pra inglês ver” ou um engodo. Então, farei testes ao final deste texto para comprovar essa teoria.
Embora essa configuração de fio polido não seja desagradável aos olhos e a deixe com o aspecto da faca de um certo personagem de filme de ação dos anos 80, eu não conseguia olhar para a mesma sem pensar em efetuar o fosqueamento desta parte da lâmina para tentar originalizar o máximo possível. Em uma conversa com um amigo professor de química (na verdade, mestre em química, instrutor de marcenaria, elétrica e especialista em armas leves graduado pelo exército brasileiro), e este me falou sobre uma composição de ácidos que poderia deixar a lâmina com aquele aspecto mas poderia escurece-la um pouco, a depender de qual graduação de carbono houvesse na composição do aço, então, tudo era um risco.
Como eu já possuía uma faca AITOR que, ao tentar tirar alguns riscos, eu consegui escurece-la, mostrei-a a esse amigo e ele me falou de um maravilhoso produto que tinha a capacidade de branquear aços inoxidáveis, mesmo os aços jateados ou foscos, embora esse produto fosse muito caro. O nome do tal produto é... pasta de dentes.

Difícil decisão.
Aquela configuração de fio polido não me agradava e isso já estava me causando insônia.
Resolvi partir para a alternativa drástica. Compramos os produtos, todos com o CRQ deste meu amigo pois produtos com composição ácida são empregados para a confecção de explosivos e, portanto, precisam de pessoas habilitadas para a sua aquisição e manipulação, por isso não menciono aqui a composição e a proporção de cada elemento para exatamente não propagar informações que possam ser de alguma forma utilizadas de forma errada ou causar algum acidente aos leitores.
Após a chegada de todos os elementos, me reuni com esse amigo em sua residência onde ele possui um laboratório devidamente apropriado para a manipulação dos elementos em questão e fomos fazer a formulação para o líquido desejado mas, antes disso, tomamos o cuidado de colar uma fita adesiva em toda a parte da faca que não pretendíamos que entrasse em contato com o ácido para não danificar as inscrições ou que pudesse perder as suas arestas vivas devido ao ataque do produto pois, se este é capaz de fosquear uma superfície polida de aço inoxidável, logicamente causa uma certa corrosão a esta superfície, logo, pode sim causar um desgaste a partes com arestas com ângulos mais agudos.
Como não sabíamos ao certo quão rápido esses elementos faria, decidimos fazer mergulhos rápidos e já levarmos à água corrente para neutralização do produto o mais rápido possível, então, assim procedemos. O que ocorreu foi que a ação dos ácidos foi tão lenta que nada causou â superfície do aço, o que nos levou a um banho algo mais lento de cerca de 5 segundos apenas e novo banho em água corrente. Neste caso o ataque pode ser percebido mas de forma muito suave, o que nos levou a decidir por um banho de 20 segundos seguidos do banho em água corrente. O ataque foi cerca de metade do desejado, então, optamos por mais um banho de 20 segundos que, ainda assim não deu o resultado esperado, porém, o terceiro banho de 20 segundos causou o efeito desejado e, depois da lavagem em água corrente deixou a lâmina com o aspecto desejado, apenas mais escura que o pretendido, efeito que eu pretendia retirar com a aplicação de pasta dental futuramente.
Crendo eu que os trabalhos em ácido estavam concluído, retirei as proteções de fita adesiva e pude notar que, embora eu tenha sido muito cuidadoso com a tarefa de colagem destas fitas ou a confecção de máscaras que é o nome que se dá a essa tarefa, mas algo não ficou muito bem aplicado, talvez devido às muitas lavagens que tivemos que dar para fazer a verificação da qualidade dos trabalhos, pois o ácido penetrou em alguns pontos por baixo da fita e causou o fosqueamento irregular da região do fio onde eu pretendia que permanecesse polido. Bom, nem tudo correu perfeitamente como desejado.




As duas fotos foram batidas da mesma posição e horário, apenas uma com flash e outra sem o mesmo para uma melhor noção do resultado.


Lado oposto da lâmina.

Talvez devido à decepção causada pelo ácido ter penetrado por baixo da fita adesiva, que eu não mencionei antes mas não é uma fita adesiva qualquer, mas sim uma de teflom para não sofrer o ataque dos ácidos, embora o adesivo da mesma parece não respeitar essa qualificação.
Manhã seguinte eu apanho a faca para fazer o clareamento com a pasta dental e tenho outra decepção. Talvez ainda inebriado pela penetração do ácido sob a fita ter deixado a aparência do fio da forma como ficou, mas creio que eu não procedi a limpeza correta do produto ou talvez isso tenha sido um efeito póstumo mesmo do ácido, mas o fato é que a coloração da parte afetada pelo ácido estava bem mais escura que no dia anterior. Faço a lavagem da peça com detergente e uma buchinha Scoth Bright utilizando somente a parte macia da mesma e seco com um pano e depois com o secador de cabelos da esposa que não gostou muito mas... termino o serviço.

Finalização da restauração.
Faço a aplicação de pasta dental diluída com água na proporção três por um (três de água para um de pasta) e aplico com um paninho somente sobre a superfície escurecida e deixo secar por cerca de meia hora. Umedeço um pano e venho limpando e ops... não é que a coisa funciona mesmo. A coloração agora parece muito mais com a que eu deixei na noite anterior do que a que amanheceu com ela. Aplico mais três demãos da mesma forma, sempre com um espaço de meia hora, secando ao sol e depois procedo a limpeza com um pano úmido.
Os resultados são vistos nas fotos a baixo.

Foto retirada imediatamente após a retirada da pasta dental, ainda sem lavar apropriadamente.

Close da parte do fio onde o grind havia ficado menos desbastado e as marcações remanescentes do esmeril rotativo no fio depois da afiação apropriada em um jig para esta finalidade


Nesta foto e neste ângulo, quase não se nota a diferença de coloração entre o grind e a lâmina.

Neste ângulo é mais perceptível a área afetada pelo ácido, mas, pela experiência, é possível dizer que com alguns meses de utilização da faca, nem a diferença de coloração nem as marcações no fio serão mais notados, haja vista que quando se utiliza a faca, a parte mais afetada e, portanto a que sofrerá um maior grau de polimento por uso é exatamente o fio e o grind.

Recompondo as partes faltantes.
Enquanto efetuava os trabalhos de restauração da lâmina, também procurava os referidos “repuestos” para deixar a minha faca o mais original possível. Em uma busca apropriada na internet, encontrei uma cutelaria espanhola, na verdade uma “cuchilleria” de nome Cuchilleria Soto, que vende o material desejado a preços bem em conta e que se deu o trabalho de me responder. Após breve contato com a Sra. Laura Soto e esta me informou os custos de envio e o procedimento de compra. Como não consta envio para exterior no site da empresa, eu efetuei a compra de um equipamento hipotético de valor igual ao do envio, só que esta não embalaria o mesmo, ficando esse material por conta da remessa. O envio a partir da Espanha foi feito no dia seguinte à confirmação de compra e a chegada ao Brasil se deu em menos de duas semanas na aduana de ... Curitiba.
Zzzzzzzzzzzzzzzzz.
De lá para cá foram cerca de um mês e meio para a fiscalização fazer os tramites legais e liberar sem taxação devido ao baixo custo e re-enviar aos correios que levou mais (pasmem) 40 dias para que o produto chegasse até as minhas mãos em Campo Mourão a 500 km de Curitiba.
É ou não é um descaso.
Enfim. O pacote chegou até as minhas mãos e neles havia:
2 cápsulas de sobrevivência com os itens que vem dentro do cabo;
1 rolo de corda para a bainha;
1 corda de perna com a abotoadura (eu queria comprar mais duas mas infelizmente não tinha);
2 frascos plásticos para fármacos pois além desta faca eu tenho mais uma que está sem, ou melhor dizendo, que a tampa quebrou-se;




Esse pacotinho não é a embalagem original pois além de três pacotes de plástico bolha, ainda veio com um invólucro de papelão corrugado, uma caixinha deste mesmo papelão e uma boa camada de papel pardo de muito boa qualidade, o que denota que o fornecedor teve muitos cuidados para que nada acontecesse ao conteúdo da encomenda.


Estas são as partes que solicitei exatamente da forma comoo foi pedido, sem erros ou dúvidas. Meus mais cincerros agradecimentos à Sra. Laura Soto da “CUCHILLERIA SOTO”, pela atenção dispensada e pelo esmero no atendimento.

A única coisa que eu não fiz questão de comprar nesse pedido foi a borracha para a atiradeira com a malha  pois esse item possui a malha que é feita de uma espécie de silicone que resseca-se com muita rapidez e, portanto, eu preferí montar o conjunto com um bom couro que é o mais usual no Brasil e que tem se provado de muita eficácia ao longo dos anos
Aqui vale fazer um aparte sobre os novos kits de facas da AITOR Jungle King, os dois kits que eu recebi são diferentes entre si, embora ambos originais e, também, diferentes dos originais do início do período de fabricação destas facas e vale salientar que, o kit original da faca em período PIELCU é de pior qualidade do que o do período atual ou REHABE, mas ainda é melhor do que o kit anterior, do primeiro período de produção destas facas. Nos primeiros kits, haviam dois bandayds ou “tiritas” como são chamados esses curativos adesivos pelos espanhóis, nos kit pós PIELCU, a empresas passou a colocar quatro destes curativos, na minha opinião, ótimo pois eu sei o quanto um leve corte no dedo ou na palma da mão, ou, ainda, o quanto uma bolha no calcanhar pode causar de contratempo e incômodo em um acampamento, além do mais, se cabia isso lá, porque não coloca-lo. 
Nos kits mais novos das facas, o kit de pesca vem dentro de um pequeno saquinho plástico e nos mais antigos, além das chumbadas virem soltas dentro da cápsula, a linha com anzóis vinha com uma fina tira de fita adesiva fazendo uma cintura no rolo, o que deixa a mesma exposta à ação da lâmina de bisturi que também vinha desnuda ou, sem proteção alguma e esta poderia, além de cortar essa linha, ainda infectar-se devido ao contato com anzóis e chumbada, somente no kit mais novo é que a AITOR passou a colocar estes bisturis embalados. Ponto para a REHABE. Outra coisa que não sei se foi para bém ou para mal é o fato de as agulhas com a linha que antes, nos dois primeiros kits, vinham confinados dentro de uma pequena cápsula plástica com tampa por pressão, agora passaram a vir soltas dentro da cápsula maior, provavelmente para abrir espaço para a embalagem da lâmina de bisturi, eu realmente não sei, o fato é que até as agulhas melhoraram de qualidade e as que equipam o conjunto agora tem a parte posterior, por onde passa a linha, na coloração dourada e eu não sei o real motivo para isso mas na minha opinião, em que a vista já não é lá aquelas coisas, eu acho que auxilia em muito a tarefa de passar a linha pois torna mais visível o orifício devido ao contraste dessa parte dourada.

Nesta foto é possível ver o kit completo que acompanha a cápsula e onde nota-se o kit de pesca todo embalado e a quantidade de quatro “tiritas adesivas”
 
Aqui podemos observar que, além da troca da marca das “tiritas”, continuam sendo colocadas em número de quatro e, além da lâmina de bisturi vir completamente hermética e estéril, ainda temos as agulhas de costura e a linha desprotegidas dentro da cápsula.

Como a pedra de afiar é praticamente impossível de se comprar avulsa, eu comprei uma maior, da marca Carborundum, de mesma gramatura e levei a um outro amigo que possui uma marmoraria e solicitei a ele que cortasse nas dimensões da original, as quais eu tomei a partir de outras JKI que possuo. Embora eu saiba que estou fazendo o possível para originalizar a dita faca, mas eu não colei esta pedra à bainha no lugar da original por dois motivos: O primeiro é que, se eu conseguir um contato com a AITOR/REHABE para fazer a encomenda das partes que me faltam das demais facas desta fabricante, eu posso incluir no conjunto uma pedra original; O segundo é o fato de que esta pode ser a oportunidade adequada para que eu faça a compra de alguns afiadores diamantados que tem um tamanho aproximado para que eu possa instalar esse afiador, de muito melhor qualidade que as citadas pedras, para incorporar ao conjunto. Outra boa pedida seriam as famosas pedras de cerâmica e, se fizer o uso casado com um afiador de diamante e uma pedra cerâmica, isso seria o melhor dos mundos, mas ai, a originalidade vai pro espaço.
Bom, isso foi o que pude fazer de melhor, por enquanto, nessa clássica guerreira de sobrevivência.

O conjunto inteiro montado, com exceção da pedra de afiar que está por baixo da corda.

Espero que tenham gostado da leitura e apreciado os meus esforços.
Qualquer sugestão ou dúvidas, podem postar nos comentários que, mesmo que demore um pouco, mas eu responderei a todos.







10 comentários:

  1. Hola amigo: excelente labor en la recuperación de ese gigante_ sería muy interesante que pudieras darnos las medidas del espacio donde se coloca la piedra de afilar que viene de fábrica, tanto en ancho y largo como -y sobre todo- la profundidad, para hacernos una idea de con qué elemento sustituírle para mejorar las prestaciones de afilado. Hay quienes señalan colocar limas de relojero o similares para realizar un mejor afilado, pero no estoy seguro de qué resultados obtendrían en el campo sobre un acero tan "cerrado" como el trabajado con Molibdeno_ abrazo y gracias desde ya!

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    1. Olá Cristian.
      A pedra de afiação tem 78x29x3 mm.
      As limas não são eficientes pois estas limas de relojoeiro tem os frisos (picados em umalinguagem técnica em português) muito finos e deslisarão sobre o aço apenas riscando o acabamento. Pedras de cerâmica são escelentes e os famosos afiadores diamantados também.
      Lembro você que eu utilizei limas para fazer a restauração na Jungle King I que comprei que veio com dentes no fio, mas acredite, é trabalho realmente muito duro pois as limas costumam ter entre 60 e 62 pontos na escala rokwell e as facas aitor podem chegar a 58 pontos, então, como pude comprovar, é possível desgastar as lâminas da AITOR com limas mas uma coisa é certa...vai sofrer.
      Abraços.
      Sandro

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  2. Muchas gracias por esta respuesta: pensaba teóricamente que en cuchillos sin tanta dureza Rockwell -o sin el tratamiento de Molibdeno- quizás no serían tan mala idea, pero en base a tus líneas quizás deba dejarlas de lado y simplemente conseguir una buena chaira pequeña_ Abrazo Sandro

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  3. Que bom que pude ajudá-lo de alguma forma Cristian.
    Um forte abraço

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  4. Hola! nuevamente con preguntas raras... ¿qué crees conveniente para retirar la pátina de pintura negra que traen los modelos copias de estos cuchillos? sería magnifico retirarles ese color bastante horrible y dejarlos en un acero mate tal cual has hecho en este trabajo de restauración_ un abrazo cordial y mi condolencia por lo que está ocurriendo en el Amazonas, cosa que realmente no logro comprender.

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  5. Olá novamente Cristian. Como te escreví por e-mail, são tempos muito corridos então, me perdoe pela demora em respondê-lo mas, saiba que é sempre um prazer trocar algumas linhas com você. Primeiramente, você pode conseguir um efeito parecido utilizando jato de areia, eu conversei com um conhecido aqui que faz jateamento artístico em vidro, mas ele me falou do risco que é não saber a pressão exata do jato e nem da granulometria da areia. No segundo caso, é fácil de resolver pois basta usar peneiras com mesh diferentes e fazer o jateamento em peças de aço ao carbono mesmo, tais como molas de automóvel e outros de comprovada dureza, ai você observa com um conta fio, que é uma espécie de lupa que se dobra de uma forma que permite a você contar quantos pontos por milímetro cabem com aquela grossura de areia, mas no segundo caso, é necessário um jato com controle de pressão, o que não havia a possibilidade de se conseguir por aqui, então, ao entrar em contato com esse amigo meu, ele me falou de ácidos que, combinados poderiam causar efeito semelhante, um deles é o ácido muriático, que é um ácido bastante comum, misturado ao ácido cianídrico, mas a mistura pode ser explosiva se não feita nas proporções adequadas e em ambiente controlado, portanto ele adiciona um outro elemento antes que atenua as condições de ambos os ácidos, mas eu não tenho conhecimento de qual elemento é esse e tampouco de quais proporções ele criou esse líquido, portanto, se tiver o interesse em fazer isso, eu sugiro que procure alguém com formação acadêmica em química para não correr o risco de algum acidente de proporções desconhecidas.
    Espero ter lhe sido de alguma ajuda.
    Um forte abraço.

    Sandro.

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  6. Un gusto para mí: pero por lo pronto voy a desistir de realizar mezclas potencialmente explosivas en casa...imaginarás los porqué_ Gracias Sandro!

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  7. Então, caro Cristian. Eu mesmo só tentei isso com apoio de um químico, na verdade, mestre em química pois esse meu amigo tem mestrado e já realizou muitas experiências com alunos do SENAI onde ministrava aulas para técnicos e eu mesmo não pus a mão em nada, ele só me deixou assistir com vários aparatos de segurança, como avental de PVC, luvas do mesmo material e óculos de segurança. Ácido é uma das coisas que mais tenho medo, só perde para eletricidade. KKKKK.
    Um abraço.
    Sandro.

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  8. Que crime colocar uma faca dessas em um esmeril :(
    Eu não uso nem pedra de afiar, afio minhas facas, plaina e
    formões em lixas d'agua sobre uma superfície plana e fixa,
    sempre ficam como navalha. As facas depois de uma chairada e
    um polimento do fio no meu cinto de couro ficam cortando a barba!
    Mas eu não nasci sabendo isso, eu já fui um assassino de facas kkkk

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  9. Creio que todos fomos assassinos de facas algum dia. kkkkk.
    Até aprendermos temos que cometer alguns erros e sacrificar alguma coisa.
    Abraços.
    Sandro.

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