sábado, 28 de abril de 2018

AITOR BUCANERO - Sobrevivência nas veias

AITOR BUCANERO
Sobrevivência nas veias.


Prefácio.
Embora eu não saiba o momento exato da criação desta faca, eu creio que ela se situe após o início da da segunda metade dadécada de 80, porém o seu projeto começou a ser elaborado bem antes disso.


O perfil da lâmina da Bucaneiro, que os espanhóis chamam de “afalcatado”, onde a base da lâmina é mais estreita do que a sua porção frontal e deriva da falcata, uma espada que tem essas características, o nome falcata quer dizer "que tem o formato de foice" e foi utilizado em facas do período da segunda guerra mundial através da faca criada para o pelotão de montanha da Espanha que foi desenhada e fabricada pela FNT (Fabrica Nacional de armas de Toledo), desde meados de 1942/43 e tornou-se regulamentar para esta tropa em 1945.

Faca das tropas espanholas de montanha FNT

 A faca de montanha ou “Cuchillo de Monte FNT” foi tão emblemática para o exército espanhol que serviu de base para uma série de criações futuras, tais como as facas Vilegas e uma série de outras criações da própria AITOR como Cuchillo de Monte/Montanero, Oso Blanco/Negro, El Montero e também a faca objeto desta matéria a Bucanero.
A grande sacada que existe por trás deste formato de lâmina é que a sua porção frontal, sendo mais pesada, ganha mais poder de corte quando usada para cortar madeira a golpes (macheteio no bom espanhol ou no inglês shopping como alguns bushcrafters costumam denominar), mesmo esta não tendo um comprimento muito grande, e, também, no caso de uma luta corpo a corpo, esta ainda ganha mais poder de corte e causa maior hemorragia em caso de estocada e, dessa forma, ganhando eficiência pois uma faca mais leve consegue ter a mesma efetividade que outra de lâmina maior mas de desenho convencional. Adicionalmente, lâminas afalcatadas também ganham eficiência na hora do battoning, pois como se sabe, quando batemos na extremidade de uma lâmina para rachar lenha, esta costuma correr dentro da madeira ficando cada vês menos extremidade de lâmina para ser golpeada, o que faz com que se tenha que retirar a lâmina para reinseri-la na madeira ou golpear-se o cabo para que a lâmina penetre mais e sobre mais ponta para ser golpeada. Com facas de perfil afalcatado isso simplesmente não acontece pois, devido ao seu formato peculiar, essas lâminas penetram sempre mais na madeira quando são golpeadas.
Os leitores que estão atentos ao que estou escrevendo agora devem estar se perguntando:
_Mas esse formato, que faz a base da lâmina ser mais estreita do que a sua ponta, não faz, também com que esse perfil tenha a base mais frágil e fique mais fácil de se quebrar?
A resposta é SIM. Ela realmente é mais frágil em sua base que na extremidade, mas é só considerar que assim como uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco, uma faca é tão forte quanto seu ponto mais fraco, que é justamente a base mais estreita desta lâmina, mesmo assim, deve-se analisar que as medidas da lâmina da Bucanero não a deixam assim tão frágeis pois ela tem 5mm  de espessura por cerca de 40mm de largura, retirando-se os desbastes para o fio de corte e a serra, a secção possui uma área de aproximadamente 1,20cm², e, pelas normas do tipo de aço 440C (tomado como base pois não temos literatura suficiente para o aço MOVA70 usado pela AITOR), a tensão à ruptura é da ordem de 800/850Mpa ou kgf/cm² então, para uma secção dessas, a resistência fica entre 1.500 a 1.700kgf, mas é claro, que isso é tensão de cisalhamento onde as forças atuam quase que paralelas, o que quase nunca acontecerá com uma lâmina para esta finalidade, então podemos supor que guardadas as devidas proporções de pontos de esforço de ruptura e, quanto mais longa a distância entre as forças, menor será a resistência do material, se aplicarmos uma força a 10cm de distância da outra, iremos dividir esse valor por 10, o que ainda nos dá uma resistência de 150 a 170kgf para a ruptura dessa lâmina, empiricamente falando. 

Acima, exemplos de força de cisalhamento e força de ruptura.



Porém, tendo isso em consideração, é bom que os seus usuários saibam que o battoning é a forma mais agressiva de se tratar uma lâmina pois a força que atua sobre um objeto quando este é golpeado não é somente a da pressão do golpe, mas da força empregada (isto é, do peso do objeto que golpeia multiplicada pela velocidade que ele estiver no momento do impacto, multiplicado pela força do contentor desse objeto), multiplicada pela distância onde o golpe será dado até o ponto de resistência maior, dependerá, ainda, da resistência do material que será cortado e, ainda, da frequência da vibração a que essa lâmina irá sofrer e, portanto, em se tratando de uma lâmina que se destina à sobrevivência, é bom ser bastante moderado no uso dessa prática, seja com a Bucanero ou qualquer outra lâmina que seja, mesmo que esta seja full tang que alguns especialistas pregam ser indestrutíveis, principalmente se estas possuírem serra no dorso pois, se pensarmos direitinho, as serras são reentrâncias criadas no dorso das lâminas de onde se retirou metal e, por isso ali, por si só, já é um ponto de fragilização da lâmina.


Voltando ao desenvolvimento dessa faca, e novamente falando do seu perfil afalcatado, existiu um protótipo que a AITOR fez nos primórdios da criação das suas primeiras facas de sobrevivência Hollow handle que, embora tenha esse perfil de lâmina, tinha grandes diferenças com a Bucanero. Segundo fontes não oficiais, esse protótipo surgiu do desejo dos diretores da AITOR em participar da concorrência para a adoção do exército dos EUA na metade da década de 80, de seus novos equipamentos e, se observarmos pelo lado histórico, essa informação encontra embasamento quando estudamos a adoção da faca/baioneta M-9 desenhada pela empresa PROBIS e fabricada pela Buck que foi adotada em 1986. Lembremos também da forte campanha promocional efetuada pela fabrica, também espanhola, Marto, com seu modelo Explora survival para, conseguir um contrato com essa força para o fornecimento desta faca como equipamento de adoção oficial.

Para isso, a AITOR decidiu fabricar alguns protótipos de um modelo com o mesmo cabo da Jungle King I, apenas um pouco mais curto e, uma lâmina de perfil afalcatado que não recebeu sequer um nome mas somente os dizeres “Cuchillo de supervivência” e a gravação do brasão das forças armadas espanholas. Apesar do formato parecido, essa faca difere da faca objeto dessa postagem, por vários detalhes:

Fio: Talvez o mais importante detalhe em uma faca, o protótipo da AITOR tinha um grind extremamente alto indo até acima do meio da lâmina, permitindo assim que a faca pudesse ter uma afiação muito oblíqua, aumentando em muito o seu poder de corte. A meu ver, um ponto positivo e outro negativo pois, quem não quer uma faca extremamente afiada, contudo, isso torna o fio extremamente frágil devido exatamente à sua grossura e, ainda, devido à grande retirada de material da lâmina torna está bem mais frágil e, talvez seja este o grande defeito deste modelo pois será um equipamento entregue nas mãos de soldados que não são muito conhecidos por serem delicados com seus equipamentos.
Serra: Distinta das demais serras de facas de sobrevivência de cabo oco da AITOR mas, já usada em facas como El Montero e Oso Negro/Blanco em seus primeiros modelos, essa serra possui dentes arredondados e é afiada, não servindo para o corte de madeira, mas, segundo algumas imagens que pude ver, é muito eficiente para o corte de ossos de animais de grande porte, material congelado, metal de fuselagem de aeronaves e, pasmem, até mesmo de metal como pregos e arames grossos mas, talvez a maior qualidade desse tipo de serra seja o de não enroscar a faca em um caso de estocada causando, talvez, a perda da faca em um momento de luta.

Cabo: Era o mesmo usado nas facas Jungle King I, apenas um pouco mais curto, feito em aço inoxidável com a guarda integrada e tampa idêntica aos modelos da época.

Bainha: Era muito semelhante ao das faca cuchillo de monte e cuchillo de montanero da mesma AITOR e, além dos prendedores de perna e do sistema de presilhas para o punho da faca e para a retirada e colocação da faca no cinto, não tinha outros adereços.













As fotos acima são do protótipo que a AITOR criou para participar da concorrência para a adoção pelo exército norte americano na década de 80 e foram retiradas do Mercado Livre aproximadamente em 2013/14.

Como é possível notar pelas fotos, essa faca lembra muito uma Bucanero, pois foi o protótipo que serviu de ponto de partida para a AITOR desenhar e fabricar este modelo em algum período posterior.
Com o formato quase idêntico ao protótipo, a Bucanero possuía, apenas um perfil de lâmina mais fluido e um grind menos elevado, fazendo com que o projeto ficasse algo mais robusto, a meu ver, projeto este que ficou prejudicado por não ter uma bainha cheia de acessórios, como as facas da série Jungle King, pois, como já comentei em outra postagem, a Bucanero bem que poderia ter recebido uma bainha mais elaborada com os mesmos acessórios da JKI e até mesmo receber o nome de Jungle King II, ficando a JKII então com o título de JKIII e assim sucessivamente pois, pra quem gosta de facas de grandes dimensões, a JKI atende perfeitamente aos anseios do mais exigente dos sobrevivencialistas. Para quem gosta de facas pequenas, as JKII são o melhor de todos os mundos mas, e pra quem quer uma faca de médias dimensões com o maior número de utilidades possíveis, nesse caso, a Bucanero deixa a desejar pois a sua bainha não tem, sequer, uma pedra para a manutenção do fio e, como o kit de dentro do cabo é o mesmo da JKI, esta não possui nenhum sistema de ascendimento de fogo, haja vista que a JKI tem uma barra de magnésio/pederneira na bainha e não tem nenhuma barra de magnésio no cabo ficando a encargo do usuário incluir esse acessório em suas facas. Hoje esta tarefa não é algo difícil, mas nos primórdios dos anos 80 esse tipo de material era algo praticamente impossível de ser conseguido aqui no Brasil, embora nos Estados Unidos e Europa isso fosse algo bastante corriqueiro.
Uma das coisas que a maioria dos defensores de facas full tang critica em facas de cabo oco é que o formato tubular do cabo pode rodar quando se utiliza a mesma para golpear madeira e que esse formato não permite ao usuário saber de que lado o fio da faca estaria em caso de ter que pegá-la na escuridão da noite. A meu ver, são dois problemas facilmente resolvidos, o primeiro utilizando-se o cordão do fiel na furação da guarda e não na tampa, e o segundo, sempre colocar a faca do mesmo lado na bainha, aliás, vejo isso como um ato instintivo e, se não fosse dessa forma, não haveriam bainhas ambidestras, mas somente bainhas que permitem a guarda da faca sempre de um mesmo lado ficando assim, prejudicados os canhotos ao portarem a sua ferramenta do lado esquerdo e tendo seu saque sempre com o fio voltado para a frente. Um outro fato que descredibilita estes argumentos é o fato de que outras facas famosas e muito apreciadas por campistas, sobrevivencialistas e soldados tem seu cabo cilíndrico, tais como as Ka-Bar, Ontário USAF, IMBEL MK2, Sykes & Fairbairn (embora esta última tenha fio dos dois lados), etc. Particularmente, eu me adapto muito bem a facas de cabo redondo, especialmente porque facas de cabos anatômicos quase sempre não casam bem com a maioria dos usuários pois em se tratando de facas comerciais, estas são vendidas para pessoas de diversas estaturas e, portanto, não serão indicada a todos os tamanhos de mãos, guardadas as devidas exceções.


Modelos: Basicamente, foram criados apenas dois modelos de facas Bucanero, a de coloração natural em inox, apenas jateada, e a em inox banhado em cromo negro.




Foto retirada de um catálogo da própria AITOR nos anos 80


Como já é de costume nos textos que eu escrevo, após falar do aspecto histórico e detalhes do surgimento e de dados técnicos, eu costumo separar cada parte da faca e falar de cada um independentemente, então...

A lâmina: Porque eu sempre começo pela lâmina? Porque é a parte principal de cada faca e, notadamente, é o que define esta faca para a função específica a que esta atuará. Neste caso, uma lâmina de sobrevivência deve, obrigatoriamente, atender a três aspectos básicos, são eles:
a)- Robustez. A faca deve tolerar os rigores da função a que será destinada;
b)- Dureza adequada ao uso. De nada importa termos uma faca com 60 pontos na escala Rocwell se esta não tiver também tenacidade e quebrar-se ao menor golpe em um galho de árvore, da mesma forma, uma lâmina das mais flexíveis que não consegue manter a capacidade de corte e necessita de re-afiação a cada meia hora de uso;
c)- Funcionalidade condizente. Além do formato da lâmina, que a tornará apta ao uso que se fará dela, mas também o material de que são feitas deve atender aos rigores e necessidades do uso. Existem muitas lâminas de sobrevivência feitas em aços muito bons, mas aços ao carbono. E se o local onde for utilizar for em uma floresta da mata atlântica ou amazônica onde a umidade costuma destruir esse tipo de metal muito rapidamente, e o que dizer então de ambientes costeiros onde, além da umidade, existe a salinidade do ar. A primeira parte a sofrer com a corrosão é, exatamente o fio de corte onde o metal é mais fino e mais desprotegido pois o resto da lâmina pode ser pintado e existem tintas epox muito resistentes hoje em dia, então, é de suma importância que as lâminas destinadas a esta finalidade tenham boas características de inoxibilidade.




As linhas da silhueta da Bucanero foram desenhadas e confeccionadas com a finalidade de aumentar a eficiência da faca em cenários de sobrevivência. 

A lâmina da Bucanero é feita no tradicional aço inoxidável de alto teor de carbono e com a adição de Cromo, Molibdênio e Vanádio que aumenta a tenacidade, a dureza e a capacidade de retenção de fio que já atende aos quesitos A e C. A dureza não é das mais altas que já vimos, principalmente porque hoje existem aços mais avançados que podem ter durezas de 60 ou mais pontos da escala rockwel com alta tenacidade, mas os 56/58 pontos das lâminas já tem uma retenção de corte bastante alta e a facilidade de afiação também muito boa, sendo que as lâminas fabricadas após 2012, segundo especificação na própria caixa das Jungle King 1 passaram a ter dureza entre 54/58 pontos da escala Rockwel. Para exemplificar, lembro-me de um acampamento que fui em uma área aberta em um dia realmente frio no inverno (foi a noite mais fria daquele ano no Paraná) em que levamos somente redes de algodão para o pernoite e quando o frio realmente apertou, passei praticamente a noite toda cortando e rachando galhos de laranjeira (única madeira seca existente no local), para a fogueira com a minha Jungle King I e, creio que todos sabem a grande dureza dessa madeira, tanto para o corte quanto para rachar, no dia seguinte apenas algumas passadas na pedrinha de cerâmica do canivete Victorinox e pronto, estava rapando pelos do braço novamente.
Experiências pessoais à parte, como já foi dito, o formato afalcatado tem vantagens e desvantagens, mas um outro ponto que gosto nesse formato é que a ponta da faca fica com um perfil bastante curvado na região do fio e isso, para a retirada de peles de animais é realmente muito bom. A grande maioria das pessoas não sabe disso, mas depois de retirada uma pele animal ela deve ser salgada para não juntar moscas que põem larvas que vão furar e apodrecer as mesmas, e postas para secar para que se proceda o curtimento, depois de secadas, se raspa todo o excesso de carne e gordura que restou na esfola e, para isso, uma faca com perfil de ponta mais curvado evita que esta ponta venha a furar a pele, garantindo assim o melhor aproveitamento dessa pele.
O contrafio é parcialmente afiado, ou seja, um fio que não corta mas trás vantagens quanto à penetração para o caso de uma eventual defesa. Antes do início do contrafio, entre este e a serra existe uma pequena parte plana que auxilia no trabalho de battoning.
A serra é a mesma usada nas facas AITOR no período pré-crise ou anterior aos anos 2000, as famosas serras dente de lobo que tem um perfil triangular em duas carreiras de dentes e é sobremaneira eficiente para uma série de afazeres de sobrevivência mas eu tenho que fazer aqui um aparte, todas as serras usadas em facas são mal interpretadas, inclusive por mim inicialmente, pois a maioria das pessoas acha que com uma serra no dorso de sua faca, o usuário vai sair por ai cortando todo o tipo de madeira sem qualquer problema e com a mesma eficiência de uma serra de poda. Sinto muito desapontá-lo, mas simplesmente não é assim que estas serras funcionam. Pelo fato de serem curtas para a grossura que tem, e por mais que tenham um perfil agressivo e um desbaste na lâmina para que o meio desta lâmina seja mais fino do que a extremidade da serra, isso não é o suficiente para que a serra tenha um desempenho aceitável para esta finalidade. A única serra que vi que realmente serve a esta função é a famosa faca do Rambo, idealizada pelo cuteleiro Jimi Lile que pude ver por fotos esta serrando uma tora de madeira de tamanho considerável, e mesmo assim, não vi nenhum vídeo para saber qual a dificuldade que se teve para efetuar essa tarefa.
E qual é, então, o objetivo de manter uma serra como estas no dorso de uma lâmina pois é notório e sabido que a confecção de uma serra no dorso de uma lâmina a enfraquece substancialmente?
Simples. Quando se está na natureza usa-se efetuar uma série de entalhes em madeira, seja para encaixar uma haste em outra para fazer uma amarra mais resistente (abrigos, escadas, etc.), seja para fazer um degrau de um encaixe (uma armadilha, um alarme, um suporte para panelas, etc), seja para fazer um desbaste (uso como grosa na retirada de material de uma haste na confecção de um arco ou algo assim), enfim, são realmente muitos os usos desse recurso em lâminas de sobrevivência.


Detalhe do desbaste da lateral da lâmina para facilitar a entrada da lâmina da faca no material serrado. notem que o pé da lâmina é mais grosso que o meio desta e a base do fio é mais estreita que a parte da serra.

Por tudo o que explanei acima, acredito que a lâmina da Bucanero é adequada mesmo aos mais exigentes sobrevivencialistas. Vejamos agora outros pontos do conjunto.

O cabo: Feito quase que exatamente idêntico ao cabo da Jungle King 1, apenas com alguns milímetros a menos no comprimento, é fabricado inteiramente de aço inoxidável e, embora seja fabricado em duas partes, cabo e guarda, mas a união de ambos é feito por solda mig e usinado para não aparecer os pontos de emenda e parecer que são ambos uma única peça. Eu já vi lâminas de Bucanero quebradas mas jamais algum desses cabos partidos ou sequer entortados.
O cabo da Bucaneiro possui, de forma idêntica ao da Jungle King 1, cinco anéis recartilhados e equidistantemente dispostos ao longo da sua parte tubular e isso realmente auxilia em muito a reter a faca nas mãos, mesmo com estas sujas ou molhadas.
A guarda, que passa a compor uma única peça com a manopla tubular, é de menores proporções que a da Jungle King 1 e isso já é uma grande vantagem quando se utilizará a faca como uma utilitária ou para a cozinha e, assim como na série Jungle King 1 e Desert King, até onde eu pude perceber por fotos de algumas peças que saíram da fábrica sem a devida usinagem de acabamento, ou é feito por injeção ou por eletro erosão mas eu desconfio mais da primeira opção. Possui um furo em cada extremidade para que o usuário possa tanto colocar um cordão fiel para auxiliar na retenção da faca na mão em caso de uso extremo ou em uma luta, como também passar o cordão da bainha para amarrá-la a uma haste e confeccionar uma lança.



Detalhe da guarda sem a devida usinagem de acabamento onde se pode observar algumas falhas ou granulações típicas de peças fundidas pelo processo de injeção à quente e, uma linha em baixo relevo que me levanta a dúvida se esta parte também não seja feita em duas outras e soldada pelo mesmo processo já descrito e usinada posteriormente. Notem que esta peça está tão mal acabada que nem o chanfro nos furos da guarda foram feitos, deixando-os ainda com cantos vivos.
Outra coisa que chama a atenção é que as escritas na lâmina parecem ter sido feitas à laser e não por serigrafia CNC como nos dias atuais.


O acabamento dessa guarda, e das facas da Série Jungle King, é bastante vivo e pode até retirar a pele caso tiver que usá-la passando o dedo indicador por sobre ela para posicioná-lo mais próximo ao fio para serviços de maior precisão. Se eu pudesse sugerir ao fabricante uma modificação de acabamento, seria arredondar um pouco estas arestas para evitar este tipo de problema. Acreditem, já tive problemas sérios com esse tipo de coisa pois ao efetuar um acampamento de três dias no MS, onde eu morava, tive que fazer algumas estacas para amarrar as pontas da lona do rancho e algumas pioneirias como um tripés, uma cama de campanha, mesas, cadeiras, etc, com uma JKI e no segundo dia eu não podia nem pensar em apoiar o dedo por sobre a guarda pois a irritação da pele no vão entre o indicador e o polegar era perceptível a olhos vistos. Hoje, quando tenho alguma destas atividades para executar, procuro usar luvas para evitar contratempo e poder curtir mais o evento.
Dentro do cabo existe a tradicional cápsula com itens de auxílio à sobrevivência e os itens são os mesmos que a Jungle King 1, ou seja:
4- Band-ayds;
1- Pinça;
1-     Lâmina de bisturi (que juntos formam o kit de primeiros socorros);
2- Agulhas e um pequeno rolinho com duas cores de linha dentro de um pequeno frasco hermético;
2-     Alfinetes de fraldas (que formam o kit de costura);
3- Pequenos anzóis com 1,5m de linha 0,20 amarrada a cada um;
1- Pequeno rolo de linha de poliamida 0,20 extra com cerca de 3m de linha;
3- Chumbadas (que compõe o kit de pesca);
1- Pequenino lápis para anotações;
1- Rolinho com cerca de 1,5m de uma cordinha com cerca de 1,5mm para tarefas diversas.
Esse kit poderia ser um pouco melhor preparado pois que falta além de algum sistema de acendimento de fogo, um aparato para assentar o fio da faca quando o usuário estiver em uma situação real de sobrevivência de longo prazo pois que as tarefas de manutenção da vida podem exigir muito do fio de qualquer faca. Seria muito fácil para a AITOR dotar a bainha da faca com uma pedra para a afiação na bainha e uma simples barra de pederneira idêntica à da Jungle King 2 dentro da cápsula, haja vista que a Commando, sua sucessora tem uma cápsula mais restrita que a da Bucanero e já vem com a dita barra de pederneira.
O cabo é fechado por uma tampa rosqueada que possui em seu interior uma bússola com elemento líquido que, infelizmente vem colada à tampa. Ocorre que, as bússolas da AITOR estragam-se com uma facilidade muito grande e, mesmo que substituída, eu gosto de manter as bússolas originais guardadas, por preciosismo apenas, e isso é extremamente difícil de ser feito com essas bússolas pois, em alguns casos se consegue sacar a bússola com a aplicação de spray de WD-40, mas em outros, é necessário usar uma fresa e ai a integridade da mesma não pode ser mantida. Uma das coisas que eu nunca deixo de fazer é uma verificação frequente em todo o meu kit de sobrevivência de facas e, nessas verificações, pederneiras, prazos de validade de comprimidos de hipoclorito e medicamentos, ferrugem em anzóis, agulhas, alfinetes e bisturis, troca de linhas de pesca e, é claro, aferição das bússolas é algo da maior importância.
A tampa da bucanero, assim como a da JKI é feita de aço inoxidável e, embora seja arredondada, serve perfeitamente como quebra castanhas pois tem resistência apropriada a isso, embora vez por outra fará com que uma ou outra castanha espirre bem longe.
Para além destas funções, possui um passador para fiel que permite sujeitar a faca à mão de forma que evite que esta escape quando se está cortando madeira a golpes e já se está com as mãos estressadas e somadas ao maior diâmetro dessa tampa, auxilia a segurar a faca caso esta venha a escapar.
O tamanho da Bucanero é muito bom para a maioria das situações de sobrevivência. Particularmente eu gosto de facas de maior tamanho pois que poupa muita energia ao cortar-se galhos e troncos de diâmetro um pouco maiores para a confecção de abrigos e outras estruturas mateiras, mas me sentiria muito bem servido com uma Bucanero em mãos e em uma situação de emergência e seu menor tamanho auxilia muito no porte dentro de bolsas e mochilas.
Ainda quanto ao tamanho de facas para a sobrevivência, e defendendo os meus pontos de vista, tenho visto muita gente usar de facas pequenas para essa finalidade pelo simples fato de que elas são, realmente, mais leves e menos cansativas para o transporte, mas eu, em minha forma de ver, penso que aquela energia que o usuário economizou ao carregar uma faca pequena e sem recursos, ele irá gastar muitas vezes ao ter que ficar durante longos minutos cortando um galho ou um tronco de madeira para abrigo ou pioneirias. Claro que você pode apanhar um pedaço de madeira e usar para batonear esta faca, mas, em primeiro lugar, e o tempo perdido para encontrar esse tal porrete e, o esforço extra que sofrerá a sua lâmina com o battoning? E quanto à todos os acessórios que se pode carregar acoplados ou inseridos na faca ou na bainha e que são de dificílima ou impossível fabricação com elementos naturais. Quando eu escolho uma faca com mais recursos e maior peso, consequentemente, eu a uso na cinta que vai descarregar esse peso nas pernas que são o grupo muscular mais forte dos seres humanos, porém, quando eu vou batonear ou cortar um galho com uma faca pequena, eu estou utilizando os braços e mãos em uma atividade de repetição rápida, o que faz com que eu queime muito mais calorias e acabe sofrendo os efeitos da falta de recursos alimentares muito mais cedo. Respeito todos os que utilizam uma faca pequena e dizem que essa é uma atitude mais pé no chão, mas sempre que saí a campo para a construção de pioneirias, o que vi foi cidadãos que, depois de passar algum estresse com o seu equipamento e presenciar a falta de rendimento com esse equipamento, acabaram por sentar e deixar o serviço pesado por minha conta ou de outros companheiros que também utilizavam facas de grande porte ou facões e acabaram se eximirem do trabalho pesado, o que gerou certos atritos em algumas vezes, o que é perfeitamente compreensível quando se percebe que o fato torna-se recorrente. Em alguns poucos casos, parceiros de aventura passaram a utilizar lâminas maiores alegando que mudaram de ideia depois de ver o desempenho de uma lâmina de maior porte e sentiram-se incomodados por deixar as tarefas sem efetuar ou por terem menor rendimento por incapacidade das suas lâminas. Ganharam meu respeito pessoal não só pela resiliência em mudar de opinião, mas também por empenharem-se mais para ajudar, ficando incomodados em deixar as tarefas mais pesadas nas mãos de outros. É claro que existem exceções e, facas grandes são realmente mais desengonçadas para trabalhos mais delicados e de precisão, enroscam mais no mato denso, são mais lentas de sacar, enfim, mas mesmo assim, é mais fácil adaptar uma faca grande ao serviço de uma faca pequena do que o contrário. Para pequenas pescarias, saídas a campo para diversão, caçada de pequenos animais (desde que não se tenha que cortar madeira para fazer um apostadeiro), uma faca de médias a pequenas dimensões são perfeitamente dimensionadas mas para atividade de sobrevivência pesada ou bushcraft avançado eu sugiro uma faca de médias a grandes dimensões.


A bainha: Fabricada no mesmo material da maioria das bainhas de facas AITOR, em poliamida reforçada com fibra de vidro, a bainha das Bucanero são bastante simplistas e apresentam apenas a entrada para a faca sem mais gadgets ou acessórios. As correias seguem os padrões da AITOR com prendedores rápidos para o cinto e empunhadura, que eu , acho excelente para saque mas para prender a faca no local necessita as duas mãos, então, se você é como eu que gosta de portar a faca um pouco mais para as costas e não na lateral do corpo, vai ter um certo trabalho para conseguir “abotoar” a empunhadura na bainha com uma única mão.
O desenho da bainha foi meio que copiado da faca Buckmaster da Buck, norte americana que é contemporânea à Bucanero, e possui “asas” na sua lateral que servem para passar uma corda que é enrolada na mesma e, também, para incorporar um bolso de tecido de nylon denominado “cubierto Bucanero” que não é parte integrante do equipamento mas é vendido separadamente. Enrolado à bainha é fornecido 3,5m de corda de nylon com alma e resistência de 75,00kg, realmente muito útil em situações de sobrevivência na hora de confeccionar um abrigo de emergência, suspender um animal abatido, uma balsa ou armadilhas.
Na extremidade inferior a bainha possui um furo para escoamento de água e outro para a passagem de um cordão que serve para amarrar a bainha à perna e evitar que esta fique chacoalhando se o usuário tiver que correr. Na extremidade desse cordão existe uma presilha exatamente igual à da série de facas Jungle King da mesma AITOR.
Uma outra característica desta bainha é um recorte que esta tem na sua parte traseira que salienta-se para dentro da bainha, de forma que prende a faca na sua posição, não permitindo que esta fique chacoalhando dentro da bainha. Isso realmente é ótimo para situações em que se precise movimentar em silêncio, mas acaba por arranhar a lâmina da faca por causa do seu acabamento fosco e isso prejudica o acabamento para quem quer esta faca para coleção.


Nestas fotos de frente e perfil temos uma ideia das proporções da bainha da Bucanero e seu formato que é muito semelhante ao da Buck Buckmaster. O volume que se nota por baixo da corda na parte traseira da bainha é uma pequena pedra que eu coloquei lá para o assentamento do fio, porém, esta pequena pedra esta com os dias contados pois eu pretendo adquirir alguns afiadores de diamante que são mais finos, leves e duráveis que as pedras convencionais e, com a característica de não gastarem-se, deixando um perfil côncavo que prejudica a afiação perfeita da faca.


Acessórios: Como mencionei acima, é vendido como acessório um bolso feito em tecido de nylon que transporta um conjunto de talheres denominado “Cubierto Bucanero” e é composto de uma colher, um garfo e uma faca que também tem a função de abridor de latas. Estes talheres tem um cabo em forma de gota e, anteriormente eram esqueletonizados e tinham um rasgo também em forma de gota para alívio de peso mas, posteriormente, passaram a vir somente como um furo redondo.
O bolso possui dois compartimentos, um para os talheres e outro vazio para uso do proprietário da faca colocar coisas da sua utilização. No meu caso, eu adaptei um pequeno frasco de plástico que eu ganhei de meu irmão e que coube como se tivesse sido feito para essa função e eu preenchi com um kit mais eficiente de pesca, alguns fósforos à prova de tormenta, entre outras coisas de auxílio à sobrevivência.
Bom. Por tudo o que eu explanei aqui é que resolvi dar o título dessa matéria como "sobrevivência nas veias", pois essa faca é descendente direta de algumas das facas mais emblemáticas da Espanha e é idealizada a partir de uma família de ferramentas destinadas à essa atividade, porém, foi idealizada para ser leve e esbelta para não atrapalhar o dia a dia de soldados ou sobrevivêncialistas que queriam uma faca de médias dimensões mas de grande utilidade e rendimento.



Cubierto Bucanero. Os talheres em seu formato original com o vasado do cabo ainda em forma de gota, e o bolsinho que os acomodava.



 O bolso devidamente "abraçado" à bainha, a meu ver não acrescenta peso à esta e traz as enormes vantagens de dispor de talheres para acampamentos mais elaborados.

Um outro acessório que eu coloquei neste bolsinho e que coube perfeitamente sem apertar ou ter-se que abrir mão de outra coisa para a sua instalação foi uma pederneira de grandes proporções (Ø1cm) e, agora sim, um acessório para acendimento de fogo com maior prazo de duração.


Segundo fui informado pelo meu irmão, esse pequeno recipiente foi adquirido com balinhas de ortelã e eu já procurei algum dessa natureza com idênticas dimensões e não encontrei.

Outro acessório que, não foi feito para esta finalidade, mas que se encaixa tão bem quanto o outro é conjunto denominado de “Cubierto de Campo” que é muito similar ao “Cubierto Bucanero”, mas que, em vez de possuir a colher, o garfo e a faca, possui a colher, o garfo e um canivete de duas (ou três) lâminas denominado “Gran Capitan”, que cumpre a função da faca. Este canivete possui uma lâmina de corte e outra multifuncional agregando as funções de abridor de latas, abridor de garrafas, serra para escamar peixes, chave de fendas e um rasgo central que serve para desatarrachar porcas/parafusos. Alguns modelos deste canivete apresentam uma terceira lâmina que é um saca rolhas e os modelos mais novos apresentam uma mosca curva na base da lâmina principal que alguns dizem servir de cortador de charutos à moda tesoura junto com a lâmina multifuncional ao lado mas eu acredito mais que seja um raspador de pederneira, embora esta não acompanhe o conjunto

Este último bolso não apresenta o bolsilho menor acoplado à frente à moda canguru como o “Cubierto Bucanero” e também não possui as fitas laterais com velcro para passar pelas "asas" da bainha mas sim um passante de cinto em alguns modelos e um acessório tipo "ALICE" clip para ser acoplado em cinturões militares em outros modelos, mas isso é perfeitamente contornável usando-se uma fita de velcro.



Cubierto de campo e suas opções. Canivete de duas lâminas, garfo e colher.



Sistema de fixação tipo "ALICE" para cinturões militares que serve perfeitamente para cintos normais também mas que atrapalha um pouco para a acoplagem a uma faca.


O bolso também pode ser encontrado em variações de cor e tecido, sendo que o modelo luxo vem em cordura negra com as bordas do arremate para a costura em pelica negra ou marrom mas outros modelos podem vir em um tipo de poliamida verde, areia ou em tons camuflados tanto em padrões verdes para selva quanto em tons marrons e areia para deserto.





Como se pode ter uma ideia, desde a sua concepção, a Bucanero foi idealizada para servir a soldados em campo de batalha e eu creio que é uma ferramenta mais do que acima de qualquer expectativa mesmo para as melhores tropas de elite do planeta considerando que as melhores facas militares empregadas no mundo não compõe um conjunto de funcionalidade tão efetiva quanto ela, mas... sempre se está sujeito ao gosto do alto comando militar para a adoção de equipamentos e o que voga nas cabeças da maioria destes elementos que detém o poder é a simplicidade e... Preço.



Descontinuação
O que eu suponho é que com as experiências adquiridas no primeiro projeto de intento de adoção pelas FA dos EUA, a AITOR tentou desenvolver um novo equipamento que possuía melhorias onde os militares enxergaram fraquezas no projeto Bucanero, ou seja, o cabo não ser anatômico, não possuir a pedra de amolar, não possuir o sistema de acendimento de fogo, etc, e foi o que gerou o projeto COMMANDO que visava atender aos quesitos de escolha de adoção pelas FA germânicas que também estava em vias de substituição do seu equipamento e que será abordado por mim em breve em futura postagem. Desta forma, e com um outro modelo que utilizaria o mesmo tipo de lâmina que a Bucanero mas com claras melhorias, os diretores da AITOR resolveram descontinuar esse modelo.
Eu não sei quantas unidades dessa faca foram vendidas mundo afora, mas, vez ou outra aparece uma ou outra para ser vendida aqui mesmo no Brasil pois muitas destas unidades foram importadas via Paraguai ou mesmo diretamente da Espanha por pessoas que tinham negócios neste pais. O mais comum é que se encontre o modelo inox jateado e eu realmente só cheguei a ver um exemplar banhado ao cromo negro à venda aqui no Brasile que agora está na minha coleção. Vez por outra se vê desses modelos à venda em tendas na Espanha ou nos EUA a preços até razoáveis, mas o que mata são os malditos impostos de importação.

CONCLUSÂO.
Como fechamento desta matéria, o que tenho a dizer é que, tanto para a pescaria ou caçada de fim de semana, para acampamentos de média ou longa duração, para a prática de bushcraft ou mesmo para situações extremas de sobrevivência, e embora tenha claras limitações em comparação com as outras facas do gênero da AITOR, vejo a Bucanero como uma rival quase impossível de ser batida se comparada a outras facas de sobrevivência industriais ou artesanais de todo o mundo, tanto pelo material empregado na sua confecção quanto pelas qualidades técnicas empregadas na fabricação, design e detalhes ou sub-funções agregados ao projeto. Como já disse anteriormente, Dom Pedro Maria Izaguirre Acha era realmente um homem muito à frente do seu tempo e alguém que apostava pesado em cutelaria de primeira linha aplicando materiais, processos construtivos e acessórios unidos a um design realmente de forma e função soberbos.



10 comentários:

  1. Aplaudo DE PIE esta publicación, amigo Silvano: colosal tu tarea de mantener en la memoria de todos nosotros estos cuchillos que marcaron una época. Saludo cordial de un ávido seguidor tuyo

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    1. Olá Cristian.
      Fico muito contente que tenha gostado do artigo. Só houve um pequeno engano, Silvano é o meu irmão, que escreve as matérias no Fórum Armas Blancas com o codinome "Amazoniaman", eu sou o Sandro, ok. Eu também sou membro deste fórum que é uma riquíssima fonte de pesquisas, mas eu nunca escrevi nenhuma postagem lá pois como tenho pouco tempo para ler todas as postagens, sempre fico com receio de postar algo repetido.
      Abraços.
      Sandro.

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  2. Gracias Sandro! jeje, para el tiempo que había escrito mi comentario me percaté de sus nombres, pero ya era algo tarde: aún así, a ambos los considero mis amigos en este recordar cuchillos de supervivencia de cabos huecos. Gracias por escribir y que sigan apareciendo artículos de esta calidad que ambos producen. Abrazo!

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  3. Olá Cristian.
    Sem dúvidas tanto eu quanto meu irmão gostamos dos mesmos tipos de facas (cuchillos) e a forma de expressar é até bem parecida, então é fácil de confundir. Por minha parte, não vejo problemas e espero que continue lendo as minhas publicações e que sejam de seu agrado.
    Un saludo desde Brasil.
    Sandro.

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  4. Hola Sandro! Ante todo un deseo de buen año para ti y tu hermano, y desde ya que espero con ansiedad algun posteo nuevo sobre cuchillos de mango huecos, de esos que sabes escribir y fotografiar tan bien. Hasta pronto; saludo cordial

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    1. Olá Cristian.
      A você também um ótimo ano e desejo que suas aspirações para este ano seja todas atendidas.
      Estou com a matéria sobre a commando já baixada no blog, apenas não publiquei porque preciso de fotos melhores do que as que eu tenho, vamos ver se o clima por aqui dá uma força e eu consigo fazer isso hoje ainda, se tudo der certo, pra semana que vem já terá novidades.
      Abraços.

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  5. Espero otro artículo sobre los cuchillos de mango hueco con una expectativa muy fuerte. Saludo cordial desde Argentina!

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    1. Olá Cristian.
      Estou preparando artigo sobre dois outros "cuchillos de supervivência" espanhóis e apenas estou meio sem tempo no momento para postá-los pois demora algum tempo para tirar as fotos necessárias pois dependo de uma boa iluminação e só dá pra fazer isso nos fins de semana que, nem sempre está propício a isso.
      Pretendo tirar mais e melhores fotos para esse artigo também, haja visto que consegui adquirir uma Bucanero negra em ótimas condições, então creio que para a semana que vem já mudari as fotos desse artigo também.
      Un saludo desde Brasil.

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  6. Boa tarde... Tenho uma dessas faz anos que as guardo sabe dizer o valor dela de mercado? Gostaria de vender a mesma.

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  7. Boa noite.
    Essas facas estão supervalorizadas agora por conta do dólar estar em alta. Agora é a hora certa pra vender.
    No Mercado Livre tem uma em perfeitas condições, na caixa e tudo, em estado "mint", como na loja e o proprietário estava pedindo RS$ 2.400,00, depois baixou pra RS$1.800,00, depois subiu pra RS$2.150, ai colocou outro anúncio de RS$2.300,00 da mesma faca e na real, não dá pra saber o quanto ele quer de fato, creio que pechinchando sai por uns RS1.500,00/RS$1.700,00.
    No mesmo Mercado Livre tem uma preta por RS$2.000,00, mas essa acho muito difícil vender por esse preço pois está muito detonada. Quem compra uma faca como estas ou quer pra uso, dai nunca vai pagar tudo isso, ou quer pra coleção, dai tem que estar perfeita, sem afiar, sem arranhões e, de preferência, até na caixa, ai o preço realmente é salgado.
    Se considerarmos que o preço das Bucanero nunca igualaram o das Commando, que tem mais adereços que a primeira (embora existam menos Bucaneros no mercado do que Commando, mas ainda existem bastante delas por ai pois no Paraguai elas eram muito vendidas nas décadas de 80 a 90), e uma commando está na casa dos 130,00€,então, com o Euro na casa dos RS$6,00, aqui no Brasil isso ficaria na casa dos RS$730,00, porém, podemos colocar mais uns RS$200,00 de frete e o famigerado imposto sobre produtos importados, que é cobrado inclusive sobre o frete, mais 60% (930x1,6=1.488,00 Arredonda pra 1.500,00) ai vem a taxa de desejo do comprador que pode pagar mais (ou não pode, como a maioria de nós, reles mortais).
    Então, espero ter te dado algum subsídio pra decidir o que pode pedir pela sua.
    Um abraço.
    Sandro.

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